Escuta Deus!Jamais falei contigo.
Sabes?disseram-me que tu não existias,
e eu ,tolo acreditei que era verdade.
Nunca havia reparado bem na tua obra,no mundo.
Mas,hoje,nesta noite de natal,
desta trincheira rasgada por granadas,
vi teu céu estrelado.
Talvez,mesmo aquela estrela que indicou aos pastores
tua presença na gruta de Bélem.
E compreendi,então,que haviam me enganado!
Não sei se apertarás a minha mão:
ela é tão manchada.
Vou esplicar e hás de me compreender.
È engraçado!
Neste inferno hediondo,
achei a tua luz e pude enxergar teu rosto.
Bem,tenho que ir,
faremos um ataque à meia-noite.
Vai ser cruenta a luta
mas, Deus,não sinto medo,
pois sei que tu velas por mim.
Tu bem sabes e pode ser que ainda esta noite
eu vá bater em tua porta.
Não somos muito amigos,é verdade,
mas sim Deus,estou chorando
Vês,não sou tão mal assim!
O Clarim está soando.
Logo encontrei irmãos meus,
que por terrível absurdo terei de combater.
Deus,proteja-me!
E proteja também a eles.
Teresiba,25 de dezembro de 2010
Virginia Alencar Caldas
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Revelo-me ao Pânico
ResponderExcluirCatapultado me sinto,
Adverso ao perigo
E à misericórdia dos deuses.
Legado ao isolamento me encontro
Ostentando minha ansiedade faminta
Silenciosa e vingativa
... Enlouqueço.
Rindo feito um parvo
Meu juízo me expulsa.
Bebo na fonte da insanidade
Enfraquecendo meus neurônios livres.
Revelo-me ao pânico
Correndo em todas as direções
Em busca do caos
Ora organizado, ora sem nexo.
Caminho perdido,
Redescobrindo um mundo novo,
Um lugar incerto, inconsciente,
Onde o tempo não se faz presente.
Cá estou eu entre quatro paredes,
Refugiando-me na minha própria loucura,
Ora submetido em uma camisa-de-força,
Ora entre depósitos nauseabundos.
*(Agamenon Troyan)